Projetos de impacto rápido (QIPs) são, por definição, projetos rápidos, simples e baratos. QIPs têm sido implementados desde 1992 em diversas missões da Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de prestar ajuda humanitária ou de “conquistar os corações e mentes” da população local, principalmente para contribuir para a credibilidade da missão. Este trabalho analisa a implementação de QIPs pelo Componente Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH). Este trabalho foi produzido por meio de realização de pesquisa documental e revisão bibliográfica sobre a implementação de QIPs pela ONU em geral e especialmente pela MINUSTAH; juntamente com entrevistas e questionários respondidos por oficiais da seção de Coordenação Civil-Militar das Nações Unidas e membros do escritório de Assuntos Civis que estavam servindo ou serviram no Haiti. Foi observado que, mesmo não sendo possível mensurar quantitativamente as consequências de QIPs, e apesar de algumas reservas, sua eficiência pôde ser verificada especialmente na promoção da credibilidade da missão; no aumento da segurança para operações militares; e finalmente, facilitando a implementação do mandato da missão. Conclui-se que a implementação de QIPs pelo Componente Militar da MINUSTAH, baseando-se no processo de implementação adotado e nas necessidades enfrentadas pela MINUSTAH, é proveitosa e deve ser usada como uma entre as diversas ferramentas do processo de estabilização.